Reprodução da Michael Esquer da plataforma ((o)) Eco.
Mais da metade dos animais recuperados de cativeiros em Mato Grosso do Sul foram encontrados em cidades do Pantanal, no ano passado. O dado consta em levantamento publicado nesta semana pela Polícia Militar Ambiental (PMA) do estado. Em território sul-mato-grossense são as aves os principais alvos da prática criminosa, que fez quase meia centena de vítimas em 2022.
Dos 47 animais mantidos em cativeiro e encontrados pela PMA, 25 foram encontrados em municípios do Pantanal. A primeira ocorrência foi registrada no dia 3 de fevereiro, em Miranda (MS). Lá, um papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) foi recuperado e uma pessoa autuada com uma multa de R$ 5 mil. Como mostrou ((0))eco, além de ser forte vítima do tráfico de animais silvestres, a espécie enfrenta a redução de grupos por conta do desmatamento no bioma.
Em outra “mega” operação que aconteceu em Corumbá (MS), poucos dias depois, no dia 24 de fevereiro, foram recuperados 20 bicudos-preto (Sporophila maximiliani) e quatro coleirinhos (Sporophila caerulescens). Em perigo crítico de extinção, segundo a Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, o bicudo-preto também sofre com o tráfico e a perda e degradação de habitats.
Em Mato Grosso do Sul, espécies apreendidas em cativeiro pela PMA são encaminhadas ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), o que também aconteceu com as aves apreendidas em Miranda (MS) e Corumbá (MS). “[Lá], os técnicos avaliam as condições de possível reintrodução, dependendo das condições dos animais. Todos precisam ser encaminhados para esses centros”, conta o chefe de comunicação da PMA, tenente-coronel Ednilson Queiroz.
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