Reprodução da Michael Esquer da plataforma ((o)) Eco.
A Terra Indígena (TI) Guató registra, desde sábado (5), incêndios que já consumiram mais de 800 hectares de sua área. Situada no município de Corumbá (MS), a TI está próxima a Serra do Amolar. Desde segunda-feira (7), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) combate às chamas na região conhecida como “Porto Índio”, que fica dentro da TI. Até esta quarta-feira (9), a corporação atuava para conter o fogo remanescente em diferentes áreas da reserva, que possui cerca de 11 mil hectares.
“A equipe de solo continua realizando o combate nas áreas que ainda possuem chamas e o rescaldo daquelas onde o incêndio já foi controlado, bem como aceiros preventivos, a fim de se evitar a reignição do fogo e seu alastramento caso isso venha acontecer em algum ponto da região”, disse o comandante da operação, Major Fábio Pereira de Lima.
Nesta quarta-feira (9), o CBMMS disse a ((o))eco que nenhuma aldeia da TI tinha sido atingida pelo fogo. Isto porque os focos próximos à elas foram prioridade da operação.
De acordo com o órgão, a corporação realizou sobrevoos sobre a região na segunda, onde foi detectada a presença de focos de média proporção do lado brasileiro da fronteira. Durante a tarde, foram lançados 6,2 mil litros de água sobre as chamas. No chão, dez bombeiros militares atuaram no combate aos incêndios, até a madrugada desta terça-feira (8).
Ainda ontem, mais 12 militares se deslocaram até a região, através do rio Paraguai, para potencializar o combate aos focos de incêndio. A Defesa Civil Estadual também contratou mais uma aeronave para auxiliar o sobrevoo e monitoramento dos focos remanescentes. Novamente, mais 6,2 mil litros de água foram lançados contra o fogo.
Nesta quarta-feira (9), terceiro dia de operação, o CBMMS lançou mais 6,2 mil litros de água sobre as chamas. Durante o sobrevoo, o órgão constatou que os focos estão isolados, o que deve dificultar a propagação em áreas ainda não atingidas. Durante a madrugada, a equipe que estava no chão continuou o combate. “Com isso, os focos permanecem longe das áreas habitadas pela população indígena”, diz trecho de nota compartilhada pela instituição.
Dados de área queimada
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Nenhum hectare da TI Guató tinha sido consumido pelas chamas neste ano. De sábado (5) até ontem (8), porém, 825 hectares já foram destruídos pelo fogo, sendo que a maior área queimada (450 hectares) foi registrada na segunda-feira (7). Os dados são do sistema de alertas do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ).
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